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Ingleses do Wire revivem o pós-punk fugindo do rock ‘n’ roll

Fonte: G1
Banda inglesa dos anos 70 segue na ativa se reinventando.
Vindo de um integrante de uma banda tida como uma das mais influentes de um importantíssimo período do rock - o punk e o pós-punk do final dos anos 1970 -, a frase proferida em um restaurante em Barcelona é no mínimo intrigante. Ou provocadora, como gosta de classificar seu autor, Graham Lewis, 56, baixista e vocalista do Wire, o quarteto que formou em Londres em 1976 com Colin Newman, 55, guitarra e voz, o baterista Robert Grey, 58, e o guitarrista Bruce Gilbert, 63.
"Não queríamos fazer parte da tradição do rock", diz vocalista ao site de notícias da Globo G1.
"Nós não gostávamos de rock ‘n’ roll!!! Não queríamos fazer parte daquela tradição, estávamos tentando criar algo novo".
Dos quatro membros originais, apenas Gilbert, sem mais paciência e fôlego para turnês, abandonou o barco. Mesmo assim, o fez só em 2004, quando a banda já acumulava quase três décadas de atividade. Interrompidas, é verdade, por um intervalo de cinco anos em meados dos 1980 e outro, mais longo, entre 1991 e 2003.
No momento, o trio remanescente divulga seu lançamento mais recente, o CD "Object 47", do ano passado. Para isso, conta com o reforço da guitarrista Margaret Fiedler McGinnis, americana radicada na Inglaterra que divide sua peculiar agenda entre uma movimentada atividade no indie rock (fez parte das bandas Laika e Moonshake e tocou com PJ Harvey) e os ofícios de artesã de xícaras de chá e advogada do departamento de direitos autorais da BBC. Ela encontrou tempo para embarcar na atual turnê européia do Wire, que incluiu passagem pela Sala Apolo, na cidade espanhola, na quarta-feira da semana passada, 7 de outubro. Antes de um vigoroso e compacto show, como se esperaria da banda (menos de uma hora e meia de duração), Smith e Newman conversaram com G1.
publicado em
19/10/09

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